segunda-feira, 20 de março de 2017

Auto da Compadecida - Ariano Suassuna

Auto da Compadecida - Ariano Suassuna

Editora: Nova Fronteira
Ano da Edição: 2014
Páginas: 192
Sinopse
O "Auto da Compadecida" consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".



Resenha

No final do ano passado, decidi que leria mais autores nacionais a partir de 2017. Então, catei pela internet listas dos livros brasileiros mais relevantes para ler (fora os poucos brasileiros que têm na lista dos 1001 livros para ler) e acabei montando minha própria lista entre clássicos e livros mais recentes. Com a lista em mãos, fui vendo os que já tinha em casa, os que são de domínio público e os que ia ter que comprar, para já ir atrás de promoção.

Coloquei como meta ler, pelo menos, 6 deles este ano e decidi começar lendo algo de um conterrâneo meu. Como tinha conseguido comprar "Auto da Compadecida" numa promoção e sabia que seria algo divertido de ler, pois já assisti ao filme (que volta e meia passa na Globo), optei por lê-lo logo. E foi uma decisão muito acertada! Que leitura maravilhosa!

O livro "Auto da Compadecida" é, na verdade, o roteiro da peça, então é uma leitura bem rápida. O filme insere mais personagens do que os que existem na peça original, inventaram até uma mulher para fazer par com Chicó. Ao ler o roteiro da peça, percebe-se que as adaptações feitas, embora não comprometam a história, foram desnecessárias. Mas confesso que Selton Mello e Matheus Nachtergaele foram escolhas perfeitas para os papéis de Chicó e João Grilo, não consegui imaginar os personagens de outra maneira.

O roteiro original é simplesmente excelente e hilário e não necessita de uma produção grandiosa. Pela descrição do cenário, você percebe que a ideia é que seja tudo muito simples mesmo. Ao terminar de ler, fiquei desejando que a peça estivesse em cartaz em algum teatro por aqui para ir vê-la. Recomendo demais a leitura e já fiquei curiosa para ler outras obras de Ariano Suassuna.



Um comentário: