terça-feira, 15 de julho de 2014

Convergente - Veronica Roth

Convergente - Veronica Roth

Editora: Rocco
Ano da Edição: 2013
Páginas: 528
Título Original: Allegiant

Sinopse
A obra traz uma versão futurista da cidade estadunidense de Chicago, a sociedade se divide em cinco facções dedicadas ao cultivo de uma virtude - a Abnegação, a Amizade, a Audácia, a Franqueza e a Erudição. Aos dezesseis anos, em uma grande cerimônia de iniciação, os jovens são submetidos a um teste de aptidão e devem escolher a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas. Para Beatrice, a difícil decisão é entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é não -pode ter os dois. Então faz uma escolha que surpreende a todos, inclusive ela mesma.


Resenha

Este é o último livro da trilogia Divergente. É nele que o mistério de como surgiu a cidade e o sistema de facções que divide a sociedade surgiram é desvendado. É nele também que descobrimos finalmente o que há além do Muro.

Assim como o segundo livro da série, este também começa exatamente onde o último terminou: no clímax da descoberta do vídeo explicando o surgimento da cidade. E tinha tudo para ser o melhor e fechar com chave de ouro a série da Veronica Roth, já que a cidade está em guerra e um grupo é escolhido para ir ao exterior do Muro descobrir o que tem lá. Tinha tudo para ser o livro mais eletrizante e impactante. É aqui que todas as explicações são dadas, mas sinceramente o livro não alcançou as minhas expectativas. Não que ele seja de todo ruim, mas não chega nem perto da emoção e excitação que você sentiu lendo os dois primeiros.

Convergente é bem mais lento que Divergente e Insurgente. E quando eu digo “bem mais lento”, é beeeeeem mais lento mesmo. Se você está esperando ação a todo momento e descobertas surpreendentes a cada capítulo como antes, sinto informar que não é isso que você vai ter. Se você espera devorar o livro, porque não consegue parar, não é isso que vai ter. Logo que o grupo que atravessa o Muro e encontra alguém do outro lado, tudo é explicado muito rapidamente e pronto. Fica aquela mesmice. Nada acontece, só dramas de Tris com Tobias e tal, ninguém toma nenhuma atitude, nem nada. Até que finalmente chega a hora do clímax do final!

 Mas o que me irritou mesmo foi a explicação que a Veronica deu para tudo. Na resenha do primeiro livro contei que demorei a aceitar a premissa de que o mundo se restringe a uma cidade e que ela é dividida em facções, onde cada um tem um trabalho específico de acordo com sua personalidade. Mas você vê que é algo bem maior do que isso, você espera a peça final do quebra-cabeças que vai encaixar tudo. E ... quando você acha a peça não faz o menor sentido. É uma explicação muito surreal e simplória, bem menos do que o livro merecia. Eu simplesmente não fui convencida.

E ainda tem outro detalhe! A história agora não é mais contada apenas do ponto de vista de Tris, temos capítulos intercalados de Tris e Tobias contando o que está acontecendo. E achei que a forma de linguagem, ou até mesmo a formatação das páginas poderiam ter ajudado mais o leitor a discernir quem é quem. Porque a autora não deixa bem definida a forma de um falar e a do outro, então se você parar no meio de um capítulo pra ir beber água, quando voltar não sabe mais quem é que está narrando a história e tem que voltar ao início do capítulo para ver o nome que intitula-o.

Resumindo: se você leu e se empolgou com os primeiros livros, você terá que ler este porque tem ter um fim, né? Mas acredito que vai se decepcionar um pouco com as explicações dadas pela Veronica Roth. Vale a pena ler para fechar o ciclo e tal, mas confesso que se eu soubesse antes, não teria lido a série, porque sinceramente acredito que a autora estragou uma boa história.

 P.S.: Tem gente que está se revoltando com um fato específico do final do livro, mas, na minha opinião, ele não é tão descabido quanto estão falando. Para o que a autora se propôs a fazer, ele se encaixa. Faz sentido. Tem um propósito. Também não gostei deste fato ter acontecido, mas não acho que seja a pior coisa do mundo. (Quando você ler, se você ler, vai entender!)

Divergente
  1. Divergente (Divergent)
  2. Insurgente (Insurgent)
  3. Convergente (Allegiant)



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Protegido pelo Porto - Nora Roberts

Continuando a série dos meus favoritos da Nora Roberts!

Protegido pelo Porto - Nora Roberts

Editora: Bertrand Brasil
Ano da Edição: 2006
Páginas: 350
Título Original: Inner Harbor

Sinopse
No terceiro e último volume da Trilogia da Gratidão, os três homens que se uniram num momento de necessidade, a fim de honrar o último desejo do pai, estão novamente reunidos. A família Quinn nunca esteve tão fortalecida. Entretanto, os meses passam, e a sua força e união são colocadas em teste, mais uma vez. Phillip Quinn fez de tudo para sua vida parecer perfeita. Com uma carreira bem-sucedida e um apartamento com vista para o mar, em Baltimore, sua vida nas ruas ficara definitivamente para trás. Entretanto, bastou olhar para Seth, e Phillip recordou o menino que ele próprio fora no passado.Phillip pretendia cumprir a promessa que fizera ao pai em seu leito de morte, razão pela qual considerava Seth como uma obrigação. Jamais imaginara que pudesse vir a amar o menino. Em pouco tempo, sua promessa ao pai deixou de ser apenas uma obrigação. E o futuro de Seth como membro da família Quinn parecia assegurado... até que uma estranha chega à cidade. Ela alegou estar fazendo pesquisas na pequena St. Christopher para seu novo livro, mas o verdadeiro objetivo de suas observações são os Quinn. Reservada e distante, ela deixa Phillip intrigado. Ele está determinado a desvendar as suas verdadeiras intenções, mas ela esconde um segredo que tem força o bastante para ameaçar a vida que os irmãos haviam preparado para Seth. Um segredo que pode separar a família... para sempre



Resenha

O último livro da Trilogia da Gratidão (que virou uma série, quando a autora decidiu ceder aos apelos dos fãs e escreve um livro sobre Seth) é sobre o último Quinn resgatado, Phillip.

Phillip é o Quinn que eu sempre achei mais perfeito desde o primeiro livro – bem estilo príncipe encantado. E claro que é neste livro que todas as pontas soltas da série são amarradas, descobrimos a verdadeira origem de Seth e porquê Ray Quinn insistiu que seus filhos prometessem em cuidar do garoto e, principalmente, porquê ele é tão parecido fisicamente com o Ray. Como eu comentei na resenha do Movido pela Maré, apesar do livro ser focado em um dos Quinn, os outros irmãos não são esquecidos, continuamos acompanhando o desenrolar de suas histórias. Então, nesse livro, além da autora nos deixar a par do andamento dos relacionamentos de Cam e Anna, e de Ethan e Grace, ela foca no romance de Phillip, que agora é o último Quinn solteiro.

Sempre fico em dúvida sobre qual o meu livro preferido da trilogia original, se este, ou se o Arrebatado pelo Mar. Porque o primeiro tem a introdução da história, o desenvolvimento da relação de Seth com os Quinn e o meu casal favorito, Cam e Anna (sem sombras de dúvidas!). Mas no Protegido pelo Porto é onde temos o desfecho de todas as histórias. Agora Seth já é um Quinn, não é mais o menino que eles fizeram a promessa de criar. Agora todos os homens estão “completos e satisfeitos”, eles “se encontraram” naquilo que realmente querem fazer com sua vida, e na vida amorosa. Mas é nesse último aspecto que o livro peca um pouco na minha opinião – na escolha do par de Phillip.

Como eu disse no começo, Phill é o meu Quinn preferido. Apesar do seu passado conturbado e traumático, depois que Ray e Stella o adotaram ele foi se transformando em um grande homem. E hoje ele é aquele príncipe encantado de que tanto falamos: ele é lindo, sexy, educado, romântico, sofisticado e é ótimo no seu trabalho. Enfim, ele é perfeito! E eu desejava para ele a mulher perfeita, mas quando somos apresentadas a Sybil fiquei totalmente decepcionada. O romance deles é a parte mais chata do livro, porque sinceramente a Sybil é insuportável (#prontofalei). Ela é super chatinha, fresca e, apesar de ser um livro, eu vi química entre os dois, não vi sair nenhuma faísca. Mas enfim, né? Foi ela que a Nora escolheu, é ela que o Phill ama, é ela que fica. Dá pra superar. A Sybil tem seus bons momentos.

Tirando a Sybil, o livro é perfeito! Tudo se resolve. E de maneira maravilhosa! E você fica com o gostinho de quero mais. Não é à toa que as fãs tanto pediram, tanto insistiram, que tempos depois a Nora Roberts transformou a trilogia em série e fez o Resgatado pelo Amor, o livro do Seth.

Trilogia da Gratidão
  1. Arrebatado pelo Mar (Sea Swept)
  2. Movido pela Maré (Rising Tides)
  3. Protegido pelo Porto (Inner Harbor)


terça-feira, 24 de junho de 2014

Insurgente - Veronica Roth

Insurgente - Veronica Roth

Editora: Rocco
Ano da Edição: 2013
Páginas: 512
Título Original: Insurgent

Sinopse
Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.



Resenha

Insurgente é o segundo livro da série Divergente e na minha opinião o melhor. Em Divergente é necessário toda uma explicação e introdução, o que deixa o começo meio chatinho, enquanto que em Insurgente você já pega o trem andando. Sério! O livro começa exatamente de onde o primeiro parou: eles fugindo no trem logo após a revolução.

Insurgente é ação do começo ao fim! A narrativa é realmente muito cativante, porque a cada página mais coisas acontecem, mais novidades surgem e mais surpresas são reveladas. Não pense que você conhece todos os personagens perfeitamente e que já sabe o que eles vão fazer, porque você não conhece. Temos sim vários fatos inesperados acontecendo. E é esse ritmo frenético que mais me impressionou no livro e que deixa você louca para terminar logo e começar o terceiro e último livro da série.

Outro ponto positivo é que os personagens vão se tornando mais humanos. Ninguém é totalmente bom, ou totalmente ruim. Cada um com suas complicações e dilemas interiores. Especialmente a Tris que vais mostrando que também tem inseguranças e que tudo o que está acontecendo pode ser um pouco demais para ela. Ela começa a agir mais impulsivamente, e essa imprudência irrita o Tobias e põe uma sombra no relacionamento deles. E mais uma vez o relacionamento deles é sim uma peça importante na trama, mas não é o ponto principal e não norteia a narrativa. Eu considero isso um ponto muito positivo, porque foge do clichê que estão se tornando os livros do gênero.

E o desfecho não é chocante, nem surpreendente, mas é definitivamente bombástico! E você fica loucamente procurando o terceiro livro para começar a ler imediatamente e finalmente descobrir o que danado está acontecendo do outro lado do muro, como e porquê eles foram parar dentro do muro e como será que irá terminar essa história.

Divergente
  1. Divergente (Divergent)
  2. Insurgente (Insurgent)
  3. Convergente (Allegiant)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Divergente - Veronica Roth

Divergente é a nova moda daqueles que gostam de ficção voltada para o gênero infanto-juvenil, especialmente com o lançamento do filme. Então fui conferir a série da Veronica Roth e vim contar para vocês o que achei.

Divergente - Veronica Roth

Editora: Rocco
Ano da Edição: 2012
Páginas: 504
Título Original: Divergent

Sinopse
Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.



Resenha

Como uma grande fã desse gênero, não me decepcionei com o livro. Ele é realmente muito bom, cheio de ação, com suspense em relação ao que tem do lado de fora do muro, e, claro, romance.

A história é sobre a adolescente Beatrice Prior que vive num mundo pós-apocalíptico em que a sua cidade é cercada por muros e totalmente isolada do mundo lá fora. A sociedade foi dividida em 5 cinco facções (Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição) e aos 16 anos todos passam por um teste que vai determinar qual é a facção que você tem mais aptidão, mas Beatrice é pega de surpresa e é definida como Divergente, que é algo perigoso nos dias atuais, e não sabe qual facção deve escolher. A história segue daí e conta como a jovem faz a sua escolha e as consequências dessa escolha. Além de contar como Beatrice vive tentando esconder seu segredo de que é uma Divergente.

Como eu já disse no começo, o livro não me decepcionou, mas devo ser honesta e dizer que ele tem seus problemas. Como uma Potterhead, eu tendo a julgar muito os outros livros de ficção e isso tem seu lado bom e seu lado ruim. A série Divergente tem uma verossimilhança interna muito boa, a história é boa, cheia de ação e tal, mas eu, PARTICULARMENTE, achei a premissa de um mundo que se resume a uma cidade divida em facções, que tem trabalhos e vida completamente diferentes e exclusivos, muito estranha. Ok, depois que você supera isso e aceita que isso é a realidade e pronto, o livro é realmente muito massa.

O livro demora um pouco pra engatar, mas é justamente para explicar essa premissa na qual o livro é baseado. Depois que a história realmente se inicia, o livro se mostra muito interessante, eletrizante e com reviravoltas massas. O melhor do livro é que, o romance se desenvolve devagar e de forma bem real, não é daquelas histórias que bateu o olho e pronto, sabe? E, além disso, o romance não é parte principal do livro, nem tudo, nem todos giram em torno desse romance.

Resumindo, começa um pouco devagar, mas depois engrena e fica muito bom. Super recomendo a leitura!

Divergente
  1. Divergente (Divergent)
  2. Insurgente (Insurgent)
  3. Convergente (Allegiant)


domingo, 15 de junho de 2014

Fique Comigo - Harlan Coben

Fique Comigo - Harlan Coben

Editora: Arqueiro
Ano da Edição: 2013
Páginas: 286
Título Original: Stay Close

Sinopse
A vida de Megan Pierce nem sempre foi um mar de rosas. Houve uma época em que ela nunca sabia como seria o dia seguinte. Mas hoje é mãe de dois filhos, tem um marido perfeito e a casa dos sonhos de qualquer mulher- e, apesar disso, se sente cada vez mais insatisfeita. Ray Levine já foi um fotógrafo respeitado, mas agora, aos 40 anos, tem um emprego em que finge ser paparazzo para massagear o ego de jovens endinheirados obcecados em se tornar celebridades. Broome é um detetive incapaz de esquecer um caso que nunca conseguiu resolver: há 17 anos, um pai de família desapareceu sem deixar rastros. Todos os anos ele visita a casa em que a mulher e os filhos do homem esperam seu retorno. Essas pessoas levam vidas que nunca desejaram. Agora, um misterioso acontecimento fará com que seus caminhos se cruzem, obrigando-as a lidar com terríveis consequências de fatos que pareciam enterrados havia muito tempo. E, à medida que se deparam com a faceta sombria do sonho americano - o tédio dos subúrbios, a angústia da tentação, o desespero e os anseios que podem se esconder nas mais belas fachadas -, elas chegarão à chocante conclusão de que talvez não queiram deixar o passado para trás.



Resenha

Já falei do quanto os livros do Harlan Coben são massa aqui. Todos são um suspense muito tenso e com reviravoltas que você nunca esperava, mas esse novo supera todos os outros. Fique Comigo é um verdadeiro thriller, daqueles que te deixa agoniado e desesperado para desvendar o fim da história, mas que é impossível descobrir a verdade antes do tempo.

O livro conta a história de três personagens principais, cujas vidas não podiam ser mais diferentes umas das outras, mas que estão mais ligadas do que você imagina. As histórias da dona de casa e mãe de dois filhos, Megan Pierce, do fotógrafo Ray Levine e do detetive Broome, que nunca conseguiu superar um caso não resolvido 17 anos atrás vão se cruzar quando um homem desaparece em um novo caso, que de certa forma envolve todos eles.

O estilo da narrativa de Harlan Coben é, como sempre, incrível e envolvente e vai juntando as peças do quebra-cabeça lentamente e com maestria. Ele consegue fazer os links entre as histórias de forma que só ele faz: no momento certo e contando somente e justamente o que você precisa naquele momento. Tudo que você vai descobrindo ao longo da história só vai te deixando mais ansioso por desvendar os detalhes do mistério. E eu te garanto que o final é surpreendente, mas ao mesmo tempo é a única solução possível para o enredo. Ou seja, como sempre, perfeito.

Até agora foi o melhor livro do Harlan Coben que li, pois este mistura o extraordinário mistério, com pitadas de romance e até questões psicológicas com relação aos personagens. Acho que uma das melhores formas de definir o Fique Comigo é dizendo que ele daria um ótimo e histórico season finale (daqueles especiais de 2 horas) de Criminal Minds!