quarta-feira, 14 de julho de 2021

Corte de Asas e Ruína - Sarah J. Maas

Primeiro livro da #MLI2021 concluído! Cumpri o desafio da família Sanderson e li Corte de Asas e Ruína para finalmente terminar a série #ACOTAR abandonada desde 2018.


Corte de Asas e Ruína - Sarah J. Maas


Editora: Galera Record
Ano da Edição: 2017
Páginas: 686
Título Original: A Court of Wings and Ruin

Sinopse
O terceiro volume da série best-seller Corte de Espinhos e Rosas, da mesma autora da saga Trono de Vidro em “Corte de Asas e Ruína" a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.



Resenha

Depois de tudo que aconteceu nos livros anteriores, a gente começa esse terceiro livro já tensa pelo que está por vir e por não sabermos o que está acontecendo com todos lá na Corte Noturna, já que estamos acompanhando a visão da Feyre. 

No início, o livro estava bem devagar, um monte de enrolação desnecessária. Não é à toa que o livro é gigante. E fiquei com medo de da metade pro fim as coisas ficarem meio corridas para se revolverem, mas ainda bem que não foi assim. Tem sim umas coisas convenientes demais e sem muitos detalhes na explicação de como chegamos até aquele ponto, mas, no geral, o desenvolvimento e a finalização do enredo foram bons. Além disso a Sarah J. Maas jogou algumas coisas pela história e depois não desenvolveu nada sobre e a gente ficou sem explicações ou qualquer desenrolar de história a partir disso (tipo a revelação sobre Lucien). 

Como citei nos stories (segue lá nosso Instagram!), uma coisa que me incomodou um pouco foi o quanto a autora fica reforçando o amor e o laço de parceria entre Feyre e Rhys. Ok, sou #TeamFeysand , mas a gente já entendeu que eles são ótimos juntos, que Rhys não é escroto e respeita as escolhas de Feyre. A gente percebe nas atitudes do casal, não é necessário que isso seja dito explícita e repetidamente. Fica algo bem forçado. 

Gostei muito do desenvolvimento da relação de Feyre com as irmãs e de descobrir exatamente o que aconteceu com cada uma depois do final de Corte de Névoa e Fúria. E de entender o porquê de a Nestha ser a escolhida para protagonizar a continuação da série. E AMEI que Cassian tem mais destaque (até para preparar pra continuação da série) nesse livro, porque ele é maravilhoso. Eu já o adorava antes, mas a cada vez que ele aparecia, eu ficava mais *.*! Se eu for continuar a série, ele será a principal razão! 

"Tamlin explodiu. Mobília se partiu e saiu voando, janelas racharam e se estilhaçaram." 
(Capítulo 8)

E se eu já estava odiando Tamlin pelas atitudes extremamente abusivas dele no relacionamento, agora é que odeio mais ainda. Ele é a descrição pura do macho escroto, abusivo que acha que é dono da mulher e que não pode ser contrariado. Se ele “gosta” (entre aspas porque o nome do sentimento não é amor, é possessão!) dela, ela tem que OBRIGATORIAMENTE, gostar dele. Ele só piora ao longo do livro, e [spoiler a seguir - se quiser ler, selecione o texto a seguir para visualizar, caso contrário, pule para o próximo parágrafo] não vejo redenção nenhuma nele. Me poupe, agora tenho que perdoar porque ele fez o mínimo que uma pessoa decente faria?! E, sinceramente, acho bem problemático em um livro teoricamente Y.A. a Sarah J. Maas querer fazer a gente engolir essa “redenção” depois de tudo que ele fez e sem nem explicar direito o que aconteceu.

"O que achamos ser nossa maior fraqueza pode ser, às vezes, nossa maior força. E que a pessoa mais improvável pode mudar o curso da história." (Capítulo 29)

Tem uma coisa no final que não gostei, pois acho que foi mais fan service do que qualquer outra coisa, sabe? E não gosto disso, gosto que as coisas tomem os rumos "certos", mesmo que o leitor fique com raiva no momento, mas depois a pessoa entende que era aquilo mesmo que tinha que ser. [spoiler a seguir  - se quiser ler, selecione o texto a seguir para visualizar, caso contrário, pule para o próximo parágrafo] Particularmente, eu acho que o Rhys deveria ter continuado morto. Gosto dele e fiquei super impactada quando ele morreu, mas era o que fazia sentido acontecer no momento! Mas aí a autora resolveu fazer os outros Grão-Senhores ressuscitarem o cara do mesmo jeito que fizeram com Feyre antes. Mas aí perde o sentido do sacrifício e da morte. Porque se sempre que alguém importante morrer, os Grão-senhores puderem trazer a pessoa de volta, qual a preocupação em morrer? Por que isso não poderá ocorrer sempre? E se foi do mesmo jeito que fizeram com Feyre e foi por isso que ficou com poderes de todos eles, por quê Rhys também não ficou com os poderes dos outros? Enfim, achei que, apesar de ser triste, o que faria mais sentido na história seria o sacrifício e a morte mesmo de Rhysand.

"É raro uma pessoa encarar quem realmente é e não fugir, não ser destruída por isso." 
(Capítulo 68)

Amei que as mulheres são definitivamente as protagonistas do enredo, as responsáveis por resolver os problemas. O final potencializou muito o papel e a importância de cada uma das irmãs Archeron e das outras mulheres marcantes da saga. E gostei principalmente que, apesar da autora ter decidido fazer uma continuação, Corte de Asas e Ruína é um final desse enredo principal do início. A pessoa pode ficar só nessa trilogia inicial com tudo resolvido, sem ser obrigada a continuar com 500 milhões de livros!


Corte de Espinhos e Rosas
  1. Corte de Espinhos e Rosas (A Court of Thorns and Roses)
  2. Corte de Névoa e Fúria (A Court of Mist and Fury)
  3. Corte de Asas e Ruína (A Court of Wings and Ruin)



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