segunda-feira, 9 de julho de 2018

Corte de Névoa e Fúria - Sarah J. Maas

Corte de Névoa e Fúria - Sarah J. Maas

Editora: Galera Record
Ano da Edição: 2016
Páginas: 658
Título Original: A Court of Mist and Fury

Sinopse
O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro. Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.



Resenha

Como eu esperava, esse segundo volume é ainda mais envolvente que o primeiro. Depois dos acontecimentos de “Corte de Espinhos e Rosas”, Feyre virou uma feérica, mas não foi só isso que mudou. Tudo que aconteceu Sob a Montanha mudou algo dentro dela e nesse livro ela está descobrindo exatamente o quanto e o quê mudou nela e como essa nova Feyre se encaixa no mundo.

Feyre está passando por um momento difícil tendo que lidar com tudo o que fez Sob a Montanha e as consequências disso. E Tamlin parece não entender direito o que ela precisa, então ela vai sentindo-se cada vez mais sufocada com tanta proteção, especialmente porque ele não lhe conta nada sobre como o mundo Feérico está se adaptando à nova realidade livre de Amarantha. Sinceramente, eu percebi sinais de um relacionamento abusivo na relação deles. Ele quer “protege-la” ao máximo, mas do jeito dele. As coisas têm que ser do jeito dele. Ele não a deixa livre para fazer o que quiser, para ir onde quiser ou até mesmo para vestir o que quiser. Ele diz qual o papel dela na Corte Primaveril. E ela aceita, acreditando que porque ele também passou por momentos difíceis Sob a Montanha, porque depois de vê-la morrer, é natural que ele queira protege-la, porque ele a ama, porque é mais fácil aceitar. E é depois de uma discussão entre eles, que Rhys aparece como uma “salvação”, para tirar Feyre da “prisão” feita por Tamlin.

A parte final do livro anterior já tinha dado a entender que Rhys seria bem mais importante nesse segundo volume da série e ele é o que deixa o livro realmente interessante. Eu acho que ele é um personagem bem melhor construído que Feyre. Ele é cheio de camadas na sua personalidade, cheio de segredos e a cada fato novo que conhecemos sobre ele, nós gostamos mais dele. Ele vai de um suposto vilão no primeiro livro para um homem cheio de qualidades. A mais importante delas é: respeitar as escolhas e a liberdade de Feyre (pode parecer uma contradição por causa do acordo que eles firmam no primeiro livro, mas não é!).

Enquanto, passamos a gostar cada vez mais de Rhys, a autora faz de tudo para odiarmos Tamlin. Eu já não era tão fã dele assim no primeiro livro (achava-o apenas ok e bonzinho), mas achei que talvez a autora tenha forçado um pouco na mudança drástica dele. As questões do relacionamento deles, eu achei que foram bem tratadas e achei até bem condizentes com os acontecimentos e com o que eu já tinha percebido no livro anterior, mas tem umas coisas que achei que foram bem extremas. Não posso explicar muito para não arriscar dar spoilers, mas acho que certos acontecimentos mais para o final do livro não condizem com o resto do que foi apresentado sobre ele. A não ser que no próximo livro se explique mais sobre isso e sobre ele.

Adorei os novos personagens! Até acho que os personagens secundários são mais interessantes e melhor desenvolvidos que a protagonista da história. Neste livro, Feyre é meio passiva a tudo. Enquanto no primeiro livro ela tem opiniões (passionais, sim, mas opiniões mesmo assim) e decisões, nesse achei ela bem mais passiva a aceitar e acreditar em tudo que os outros dizem, desde que essas coisas estejam condizentes com os seus sentimentos no momento. Com ela é tudo 8, ou 80, como se diz no popular.

Apesar de algumas coisas que citei aqui, eu amei o livro! Foi bem empolgante e envolvente, bem cheio de tramas e novidades. Conhecemos mais sobre este mundo fantástico da Sarah J. Maas, sobre o que estava por trás de Amarantha, sobre o que está por vir e sobre o papel que cada um vai ter nessa história. As tramas e conspirações envolvendo Hyberin, Prythian e o mundo humano são apenas iniciados nesse livro e já nos deixam bem intrigados com os próximos passos. Já estou ansiosa pelo próximo volume da série!


Corte de Espinhos e Rosas

  1. Corte de Espinhos e Rosas (A Court of Thorns and Roses)
  2. Corte de Névoa e Fúria (A Court of Mist and Fury)
  3. Corte de Asas e Ruínas (A Court of Wings and Ruin)


Um comentário:

  1. Gostei muito da resenha, parabéns!
    Tenho visto várias opiniões positivas sobre esses livros, espero gostar também quando eu tiver oportunidade ler. :3

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