Editora: Bertrand Brasil
Ano da Edição: 2011
Páginas: 364
Título Original: Morrigan's Cross
Sinopse
Nos últimos dias do verão irlandês do sec. XII, quando o céu se obscureceu e se encheu de relâmpagos, o feiticeiro contemplava o turbulento mar em cima do escarpado. Elevando seu grito de pena para a tormenta, Hoyt Mac Cionaoith clama contra o ser demoníaco que levou seu irmão gêmeo, separando-o de sua família. Esse cruel ser é Lilith. Durante milhares de anos, atraiu com seus enganos incontáveis homens condenando-os à imortalidade com seu beijo e lhes roubando a alma. Mas agora, esta poderosa vampiresa fará o que seja para governar o mundo. E nesse dia, embora Hoyt não encontre à escura sereia que procurava, receberá a ajuda da deusa Morrigan que lhe outorgará os poderes necessários para cumprir sua ansiada vingança. Em troca, deve encontrar outros cinco companheiros para formar um círculo suficientemente poderoso para destruir Lilith e seu batalhão do mal. Um círculo com seis membros: ele mesmo, a bruxa, o guerreiro, o sábio, aquele que adota várias formas, e aquele que perdeu. Agora, viajando a Nova Iorque de nossos dias, onde topará com seu gêmeo, agora vampiro, Cian, e Glenna, uma bela bruxa. Dois guerreiros mais, Moira e Larkin, se unirão em sua luta. E enquanto a paixão surge entre Hoyt e Glenna, os inimigos ressurgirão de entre as sombras e o Círculo de Seis, deverá preparar-se para o momento decisivo de sua confrontação com Lilith.
Resenha
Já li muitos livros da Nora Roberts e adorei muitos deles, só que sempre romances. Como o livro está no Kindle Unlimited, eu quis testar um gênero diferente da autora, com essa ficção que mistura romance e fantasia. Mas infelizmente não funcionou para mim. Não consegui me conectar de jeito nenhum com a história!
Achei a parte de fantasia bem fraca. A criação do mundo e das criaturas fantásticas ficou superficial e insatisfatória para mim. E até mesmo a história de um grupo formado por várias pessoas de várias espécies destinadas a acabar com Lilith surgiu meio do nada. Fala que é o destino deles, mas falta uma explicação mais argumentada, sabe?
“Se você não consegue amar quando está cara a cara com a morte, então não vale a pena lutar contra ela.” - Capítulo 6
Talvez se autora tivesse focado em um elemento fantástico tivesse funcionado melhor, pois mistura vampiros, bruxas, feiticeiros, deuses, viagem no tempo, metamorfos, diversas formas de magias, multiversos... Enfim, é tanta coisa, mas não tomou o tempo necessário para fundamentar nada direito.
E mesmo nessa confusão toda, os “escolhidos” não demonstram nenhuma surpresa com a situação, nenhum desconforto com o fato, nem ficam confusos ou deslocados. Todos aceitam tudo como se fosse a coisa mais normal do mundo. E por exemplo, um dos protagonistas é um feiticeiro do século XII e cai de paraquedas em Nova Iorque em pleno século XXI e o máximo que ele faz é perguntar o que são as máquinas que transportam as pessoas (carros) e conjugar os verbos na 2ª pessoa.
“(...) para que, no final, a gente saiba que fez o que tinha de fazer. Mas não sem um custo” -
Capítulo 14
Além disso, esse primeiro livro não tem exatamente um enredo propriamente dito, com apresentação, complicação, clímax e desfecho. O livro todo é só para os personagens se juntarem e um casal se formar e casar (em 1 mês!!!). Se a autora queria se aventurar no hype dos vampiros dos anos 2000, quando o livro foi originalmente lançado, devia ter feito um livro único, não uma trilogia, porque aqui não tem história suficiente para 3 livros.
Trilogia do Círculo
- A cruz de Morrigan (Morrigan's Cross)
- O Baile dos Deuses (Dance of the Gods)
- O Vale do Silêncio (Valley of Silence)
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