segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Stalker - Tarryn Fisher

Stalker - Tarryn Fisher

Editora: Faro Editorial
Ano da Edição: 2018
Páginas: 288
Título Original: Bad Mommy

Sinopse
Deprimida após sofrer um aborto espontâneo, Fig Coxbury passa seu tempo em praças observando as crianças que poderiam ser a sua filha. Até que uma menininha brincando com a mãe desperta uma obsessão. Logo, Fig se vê mudando de casa e de bairro não por necessidade, mas porque a casa vizinha oferece tudo o que ela mais deseja: a filha, o marido e a vida que pertence a outra pessoa.



Resenha

Este foi o segundo livro do clube de assinaturas Tag Inéditos. Quando li a sinopse fiquei super animada para ler, mas me decepcionei. A proposta da história é muito boa, mas não gostei da construção, ou do seu desenrolar. Achei que a autora se perdeu um pouco, ou pelo menos eu me perdi na história. Há fatos confusos, pessoas que não aparecem na história e depois aparecem como se sempre estivessem lá, a marcação do tempo não é muito bem feita, etc.

O livro é dividido em três partes, com três visões narrativas. Na primeira parte, a melhor, lemos a história pelo ponto de vista de Fig, a psicopata. A segunda é na visão do marido da mulher que Fig persegue e a terceira é no ponto de vista da mulher que Fig persegue, a Mãe Desnaturada. E eu acho que foi ao querer fazer isso que a autora errou, pois a primeira parte é ótima, mas depois... Ver os acontecimentos e os pensamentos de Fig sobre tudo é bem interessante. O leitor fica totalmente chocado e perturbado com a loucura da protagonista. Mas quando a história começa a ser contada de outros pontos de vista é que as coisas começam a ficar confusas. Pois o tempo volta e vemos os mesmo acontecimentos de outro ponto de vista, depois já passamos do ponto da história onde estávamos antes e essas demarcações não são bem feitas. E certos eventos (como uma viagem a Paris do casal, por exemplo) não são citados depois. Enfim, é uma confusão só.

A ideia de uma história com vários pontos de vista é ótima, mas não ficou bem executada aqui. Ao invés de oferecer ao leitor mais elementos para construção do enredo e um melhor entendimento dos personagens, esse recurso só deixou o leitor mais confuso. Uma coisa boa que essas variadas visões nos mostram é que não existe ninguém perfeito. Todo mundo tem seus segredos, ninguém é feliz o tempo todo. E, principalmente, a grama do vizinho pode até parecer mais verde que a sua, mas você não sabe como está a terra por baixo.

Seguindo a proposta da Tag Inéditos, é uma leitura rápida e é um livro que te prende até o fim. Mas talvez não pelos motivos certos. Eu, pelo menos, fiquei presa ao livro porque queria saber se em algum momento a autora iria me explicar esses plotholes, o que não aconteceu. E o desfecho da história te deixa mais confusa do que o início. Enfim, realmente não gostei. O livro tinha tudo para ser maravilhoso, mas foi apenas regular.

Vi em outras resenhas por aí que tem um monte de gente tão confusa quanto eu, mas também vi um monte de gente que amou o livro. Aí fiquei me perguntando se eu e essas outras pessoas confusas dormimos no ponto e perdemos parte do livro e por isso ficamos confusas, ou se o povo que amou não percebeu (ou não acha relevante) os erros no enredo.


2 comentários:

  1. Minha nossa esse livro foi um terror kkkkk Eu li e achei tão estranho, tão sem ... fim. Porém realmente cumpriu a função de vira-páginas. Curti muito as loucuras da Fig e achei a Jolene muito dependente de plateia. Sabe de uma, a única que tive pena foi da Mercy.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é! Uma loucura sem fim! Terminei o livro mais confusa do que comecei! kkkk

      Excluir