segunda-feira, 23 de abril de 2018

A Boa Filha - Karin Slaughter

A Boa Filha - Karin Slaughter 

Editora: HarperCollins Brasil
Ano da Edição: 2018
Páginas: 480
Título Original: The Good Daughter

Sinopse
Um crime brutal devasta a família Quinn. Os suspeitos são os irmãos Culpepper, conhecidos na cidade como reincidentes na delinquência. Desintegrado, o clã dos Quinn tenta superar o trauma à sua maneira, até que, 28 anos depois, outro incidente violento trará à tona tudo aquilo que ficou guardado.



Resenha

Esse foi o primeiro livro da nova opção de assinaturas da Tag - Experiências Literárias, a Tag Inéditos. A proposta da Tag Inéditos é trazer “o melhor da literatura contemporânea internacional em primeira mão aos associados”, com um preço mais em conta que a Tag Curadoria. Eles prometem trazer especialmente aqueles livros bem instigantes que você não consegue largar antes de terminar. São livros que já são best sellers e grandes sucessos no mundo, mas que ainda não tem uma edição no Brasil. Além do livro, a caixa vem com um pôster que tem a ver com a história e um infográfico maravilhoso falando um pouco sobre o livro, sobre a autora, as influências e com indicações de outros livro do mesmo estilo. Tudo isso sem spoiler, claro. Eu adorei! O clube de assinaturas acertou em cheio nessa primeira caixa!




“A Boa Filha” é um thriller realmente vira-páginas e intenso. O livro tem quase 500 páginas, mas eu não conseguia parar de ler, pois a história é bem magnética e os mistérios que envolvem o enredo são bem excitantes. A narrativa começa relatando o crime brutal que aconteceu com a família Quinn 28 anos atrás e o leitor já é totalmente fisgado pelo enredo e pela forma de escrita da autora nesse prólogo. Karin Slaughter tem um estilo de escrita bem simples, fácil e fluida, mas também tem o dom de te transmitir os sentimentos e impressões dos personagens de forma bem realista. Além de suas descrições cruas e reais, que te proporcionam uma maior imersão na história.

Charlotte Quinn sobreviveu à tragédia que sua família sofreu 28 anos atrás e agora testemunha um tiroteio na sua antiga escola. Isso trará antigas memórias e traumas à tona. Seu pai é um advogado famoso por defender muitos criminosos e isso o faz ser odiado por boa parte da pequena cidade de Pikeville, além de ter sido a causa do ataque à sua família décadas atrás. Charlie, então, chama seu pai para ser o advogado da atiradora, pois sabe que só ele poderia proporcionar uma defesa consistente e leal à garota.

Uma das coisas que mais gostei no livro é que na verdade temos duas histórias e dois mistérios a resolver. No presente, temos o tiroteio na escola, porque, apesar de termos presenciado o crime, podemos perceber ainda há muitas peças faltando nesse quebra-cabeça. E temos o crime de 28 anos atrás, que ainda tem muito para ser revelado e muitos traumas e segredos a serem superados.

Eu não conhecia essa autora e gostei muito do seu estilo. É um suspense de alto nível, que te deixa louco para chegar ao final da história. E o desfecho é muito bem feito e faz todo o sentido. Nada está no livro por acaso. E a construção da história e dos personagens é muito bem feita. Todos os pontos são bem amarrados. Recomendo muito para quem gosta de um bom thriller.

A Tag Inéditos começou muito bem ao escolher “A Boa Filha” para estrear o novo clube de assinaturas. Se esse livro é uma indicação dos próximos, já posso dizer que essa nova opção da Tag será um sucesso. A crítica que tenho é sobre revisão do texto, pois há muitos erros de ortografia ao longo do livro. O setor de revisão realmente falhou, mas a própria Tag e a HarperCollins Brasil já se desculparam pelo ocorrido e explicaram que o tempo para a tradução, revisão e publicação do livro ficou um pouco curto, mas que já estão trabalhando em correções no processo para que não ocorram mais erros assim.




2 comentários:

  1. Esse livro foi um tiro viu, gostei bastante do início e do fim, porém ao contrário do que você disse Lari, não tive muito interesse no mistério do miolo do livro (escola), fiquei tão fissurada com incidente de 28 anos que não queria ver mais nada na frente kkk

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    Respostas
    1. Né! Que tiro foi esse?! kkkkk
      Eu gostei das duas histórias, apesar de realmente a história de 28 anos atrás ser mais empolgante

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