quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O Visconde Que Me Amava - Julia Quinn

O Visconde Que Me Amava - Julia Quinn

Editora: Arqueiro
Ano da Edição: 2013
Páginas: 304
Título Original: The Viscount Who Loved Me

Sinopse
A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração. Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.



Resenha

Neste segundo livro da série dos Bridgertons, seguimos a história de Anthony, por quem eu já tinha uma crush só pelos momentos em que ele aparece no primeiro livro. Então, eu já estava cheia de expectativas e elas foram cumpridas à altura!

Na carta aos leitores no final do livro, Julia Quinn diz que “lemos romances para nos apaixonar; sobretudo pelos heróis”. E é a mais pura verdade! Lemos para sonhar com um romance como aquele, com um homem como aquele. E Anthony é absolutamente apaixonante. Apesar de ter amado “O Duque e Eu”, gostei muito mais deste segundo livro, pois gostei muito mais de Anthony do que de Simon.

Como é de se imaginar, Anthony é o solteiro mais cobiçado da temporada de bailes de Londres. Ele é lindo, é charmoso e é um Bridgerton, melhor que isso, é o Bridgerton herdeiro do título da família. E ele decide que está na hora de deixar sua vida de “maior libertino de Londres” e assumir de vez suas responsabilidades como o chefe da família, casar e ter seus próprios herdeiros. Ele quer a noiva perfeita, e dentre seus requisitos, o mais importante é que ela seja alguém por quem ele não vá se apaixonar, pois ele sente que deve morrer jovem, como seu pai. E essa consciência da mortalidade só se tornaria mais difícil se ele tivesse alguém a quem amasse.

 Apesar do conflito dele ser basicamente o mesmo do de Simon, que é não querer se apaixonar, o de Anthony tem um motivo muito mais plausível, entendível e muito mais tocante. A experiência de ter perdido o pai repentinamente tão jovem o marcou e ele sentia que ele também iria morrer jovem. E viveu com essa angústia secretamente, pois tinha que ser forte e agora arcar com as responsabilidades de ser o chefe da família. Então, eu super entendia o conflito dele. Apesar de querer se mostrar sempre forte e sagaz, ele tem esse lado mais sensível e ansioso. E isso só o torna mais apaixonante! E como a narração muda de ponto vista, ora é Anthony, ora é Kate, o leitor se identifica, se aproxima e se envolve mais com a história e os personagens. Esse é um traço da Julia Quinn que eu gostei muito.

E Kate se mostra uma mulher independente, audaciosa, divertida e inteligente (ouso dizer feminista?). Ela não quer que a irmã se aproxime de Anthony, pois não gosta dele, por causa de sua fama de libertino e deixa isso claro desde o primeiro olhar de desprezo que joga pra ele. Achei maravilhosa a evolução da relação entre eles. Definitivamente não foi amor à primeira vista, está mais pra ódio à primeira vista, que após situações e conversas recheadas de ironias, pisões no pé, discussões e beijos roubados vai evoluindo até que eles se descobrem apaixonados.

O livro é mais engraçado que o primeiro, mais divertido de ler. A história é mais elaborada, mais cativante. O romance é mais real e natural. Enfim, gostei bem mais desse do que do “Duque e Eu”. E o bônus é que a cada livro vamos conhecendo mais e mais sobre os outros membros da família Bridgerton, que é toda maravilhosa. Apesar de cada livro ser mais focado em um deles, os outros são uma parte muito presente e importante da história, principalmente a matriarca Violet. Essa mulher sabe como os filhos se sentem antes deles mesmos saberem e ela tem jeito de discretamente manipulá-los (no melhor sentido da palavra) para seguirem o melhor caminho.

 E claro que a coluna Whistledown continua firme e forte, contando as melhores fofocas da alta sociedade londrina. Quem será a misteriosa Lady Whistledown, que enlouquece a todos com seu surpreendente conhecimento de tudo que acontece em Londres?


Os Bridgertons
  1. O Duque e Eu (The Duke and I)
  2. O Visconde Que Me Amava (The Viscount Who Loved Me)
  3. Um Perfeito Cavalheiro (An Offer From a Gentleman)
  4. Os Segredos de Colin Bridgerton (Romancing Mister Bridgerton)
  5. Para Sir Phillip, Com Amor (To Sir Phillip, With Love)
  6. O Conde Enfeitiçado (When He Was Wicked)
  7. Um Beijo Inesquecível (It's In His Kiss)
  8. A Caminho do Altar (On The Way To The Wedding)
  9. E Viveram Felizes Para Sempre (Happily Ever After)


Nenhum comentário:

Postar um comentário