Editora: Portal Editora
Ano da Edição: 2016
Páginas: 544
Título Original: O Duque
Sinopse
A inglesa Victoria Longford foi prometida em casamento ao velho decrépito francês Sebastian Funevaire, desde os treze anos, quando sua irmã fugiu com um estranho e deixou Funevaire no altar. Fadada à infelicidade, longe do olhar da sociedade, espera angustiantemente completar dezoito anos para que o casamento seja realizado. Mas seu caminho cruza com o de Philip Beltoise Cevert, o arrogante e prepotente Duque de Trintignant. Ele lhe rouba um beijo durante uma festa em Paris e ela paga um alto preço por isso. Com sua honra manchada, um casamento desprezível a caminho, ela terá de abrir mão de todo seu orgulho para tomar um novo rumo em sua vida.
Resenha
Já li alguns livros da Flávia Padula em séries conjuntas com outras autoras e adorei! “O Duque” é o início de uma série de romances só dela e gostei bastante do enredo deste primeiro livro.
"Mas perder as rédeas da situação pela primeira vez na vida lhe pareceu irresistível." - Capítulo 14
Acho que a Flávia escreve muito bem e tem o talento de criar enredos bem criativos e interessantes, que tem prendem muito à história. Ela mistura o romance com um toque de suspense habilmente. O livro é longo, mas nem percebemos, pois a leitura flui muito rápido de tanto que você está envolvida.
"Como não se padece, amando alguém e não podendo se aproximar? Não podendo fazer poesia com seu corpo? Trocar um olhar apaixonado e ardente, sentir o sabor de sua vida?" - Capítulo 28
Gostei muito da personagem principal! A Victoria é ótima! Não tem papas na língua e diz mesmo tudo que pensa. O duque se acha e trata ela mal, ela vai lá e joga na cara que ele é um estúpido insuportável mesmo e pronto! Adorei! Só não gostei da atitude dela no momento “birra” do casal. Achei que ela tinha se mostrado mais inteligente do que certas atitudes que ela toma nesse momento, mas tudo bem.
“Foi um desprazer conhecê-lo, excelência, e espero de todo o meu coração que um dia encontre alguém que possa tratá-lo com a mesma desenvoltura com a qual me tratou, ou pior!” – Capítulo 2
Já com o Philip eu não simpatizei muito. Ele tem seus momentos de cuidado e carinho, mas no geral achei ele muito estúpido, grosseiro, orgulhoso, arrogante, possessivo, prepotente e mal educado. Ele trata mal todo mundo. A palavra dele é o que vale e pronto, sem discussões (sim, sei que o livro retrata o século XVIII, mas não é por isso que eu tenho que gostar dessas atitudes!). A primeira ideia dele é sempre a vontade de “dar uma lição” nela. Ok, ele nunca bate nela e se revolta quando ela sofre uma violência, mas mesmo assim. Ele é tão grosseiro, que todos dizem que ele é implacável, que se alguém fizer tal coisa, ele mata aquela pessoa (e não falam em um sentido figurativo!). Até Victoria tem certas atitudes por receio do que ele pode fazer, apesar de considerar ele um homem bom e honrado.
"O orgulho os separava e a falta de diálogo causava a desunião, cada um preso em sua dor." - Capítulo 27
Adorei que a narrativa varia o ponto de vista de acordo com quem está em cena. E não somente entre o casal protagonista, há também momentos em que vemos através dos personagens secundários, como Louis, Clotilde e até do insuportável pai de Victoria.
"Aprendi que até mesmo os fatos ruins cooperam para a nossa felicidade." - Epílogo
Como eu disse, eu gostei muito da escrita da Flávia e do enredo do livro. Apesar de seguir aquela fórmula dos romances de época, tem plots bem singulares, não é só mais do mesmo, sabe?
Casamento Arranjado
- O Duque
- O Yankee
- O Plebeu
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