segunda-feira, 21 de maio de 2018

O Sinal dos Quatro - Sir Arthur Conan Doyle

O Sinal dos Quatro - Sir Arthur Conan Doyle

Editora: HarperCollins Brasil
Ano da Edição: 2016
Páginas: 110 (de 514 do volume completo com três livros)
Título Original: The Sign of Four

Sinopse
Sherlock Holmes encontrava-se entediado e deprimido quando uma bela jovem chegou com um caso fascinante. Uma vez por ano, a senhorita Mary Morstan recebe pelo correio uma pérola, sem qualquer menção quanto a quem seria o remetente. Quando seu misterioso admirador pede um encontro, Sherlock Holmes e Dr. Watson começam a trabalhar no caso. Uma morte terrível e o desaparecimento de um tesouro levam a uma caçada pelas ruas escuras de Londres e pelas margens do rio Tâmisa. Os personagens deste grande romance de mistério incluem os mal-aventurados gêmeos Sholto e o homem da perna de pau, que povoam cenários na Inglaterra vitoriana – mais sombria do que em qualquer outra história de Sherlock Holmes.



Resenha

O “Sinal dos Quatro” (ou “O Signo dos Quatro” em algumas edições) é o segundo romance protagonizado por Sherlock Holmes e Dr. Watson e foi publicado em fevereiro de 1890 por Sir Arthur Conan Doyle. E não deixa nada a desejar quando comparado com “Um Estudo Em Vermelho”. Na verdade, achei até mais empolgante e envolvente que o primeiro, pois possui um caso mais intrigante e a história também tem um ritmo melhor.

Também gostei mais deste livro porque é aqui que conhecemos Mary Morsten e que o autor nos mostra um pouco mais da personalidade de cada um dos personagens. Logo no início vemos Sherlock um pouco deprimido e usando drogas para se estimular, além é claro do encantamento do Dr. Watson por sua futura esposa Mary. Não se preocupe, isso não foi um spoiler! Mesmo que você ainda não saiba disso, o narrador, que é o Dr. Watson, já dá a entender logo nas primeiras páginas, pois o livro é contado em retrospecto. E esse é outro fato que adoro nas histórias de Sherlock Holmes: o personagem do Dr. Watson não é apenas o narrador e isto não é apenas um diário, ele é o autor de livros sobre Sherlock Holmes. O que podemos verificar quando, neste livro, ele comenta o fato de ter lançado um livro sobre o primeiro caso que resolveram juntos, “Um Estudo em Vermelho”, e pede a opinião de Sherlock sobre o escrito.

Uma das características principais que percebi é que os mistérios e suas resoluções são bem mais objetivos que na maioria dos suspenses. Aqui o caso é apresentado logo no início e já seguimos direto para as investigações e respostas. Não há muita enrolação, ou muitas histórias paralelas, e isso deixa a leitura bem mais rápida, leve e empolgante, pois tudo é importante para a solução do mistério.

É um ótimo romance policial com um detetive brilhante. A excentricidade de Sherlock Holmes em certos momentos dá um ar cômico ao livro, tornando-o mais divertido ainda de ler. E sua genialidade para desvendar os mistérios não é inexplicável. Ela está no seu poder de concentração e de observação dos detalhes, além é claro de uma memória incrível. Quando ele explica sua linha de raciocínio, percebemos que nem é tão complicada assim, mas entendemos também que ninguém além dele resolveria o caso, pois só ele consegue ver as coisas daquele jeito. E em um momento do livro ele demonstra esse poder ao analisar um relógio, decifrar sua origem e explicar como chegou à sua conclusão, a pedido de Watson.

Enfim, adorei e já quero ler todas as outras histórias originais do detetive mais famoso da literatura!




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