segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A Lógica Inexplicável da Minha Vida - Benjamin Alire Sáenz

A Lógica Inexplicável da Minha Vida - Benjamin Alire Sáenz

Editora: Seguinte
Ano da Edição: 2017
Páginas: 440
Título Original: name

Sinopse
Salvador levava uma vida tranquila e descomplicada ao lado de seu pai adotivo gay e de Sam, sua melhor amiga. Porém, o último ano do ensino médio vem acompanhado de mudanças sobre as quais o garoto não tem nenhum controle, como ímpetos de raiva que ele não costumava sentir. Além disso, Salvador tem que lidar com a iminente morte da avó, com uma tragédia repentina que acontece na vida de Sam e com o fato de seu pai estar se reaproximando de um ex-namorado. Em meio a esse turbilhão de sentimentos, que vão do luto ao amor e da amizade à solidão, Sal passa a questionar sua própria origem e identidade, e tenta encontrar alguma lógica para a sua vida uma tarefa que parece quase impossível.



Resenha

O personagem principal, Salvador ou Sal ou Sally, é um adolescente de 17 anos, cuja mãe biológica morreu quando ele tinha 3 anos, e cujo pai é Vicente, um descendente de mexicanos e gay. A melhor amiga de Sal é Samantha (ou Sam), que tem uma relação bem complicada com a mãe.

Daí, você já imagina que o livro vai abordar temas relacionados às relações familiares, à questão de pertencer a uma família e a uma cultura (Sal não só é adotado, mas é um branco numa família de latinos). Também fala sobre amizade e sobre perda, já que a avó de Sal está com câncer e desta vez não há esperanças de cura.

A personagem de que mais gostei foi Mima, a avó de Sal, ela é aquela matriarca forte, mas cheia de amor, compreensão e sabedoria, que reúne a família em torno de si. Parece muito minha vovó, que graças a Deus ainda está conosco. Já os adolescentes, achei que ficaram maduros demais para sua idade.

Outra coisa é que achei que o autor queria muito que nos emocionássemos com seu livro, então ele saiu enfiando todo tipo de tragédia, mas sem se aprofundar em nenhuma delas. Eu não consegui realmente sentir sua dor por cada tragédia, pois a cada momento o povo já tinha que amadurecer, superar, para passar por outra coisa. Acabou ficando forçado, sabe?

A vida de Sal, com sua mãe falecida, o pai gay, a avó morrendo, e ele branco numa família mexicana, já era mais do que suficiente para trazer drama para o livro. Não havia necessidade de ficar passando o foco para as famílias problemáticas dos dois únicos amigos dele. De qualquer forma, é um livro bom e rápido de ler apesar de suas mais de 400 páginas.


p.s.: A mala do Turista Literário do mês de junho foi bem recheada. Teve uma caneca linda como souvenir, teve um quadrinho aromático como item de olfato, teve salgadinho sabor tortilhas como item de comer e, finalmente, teve também uma tag para mala de verdade como presente pelo aniversário de um ano do TL. Além disso, a edição do livro foi especial do Turista, com o balão na lombada e atrás e uma mensagem para os turistas dentro.


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