quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Árvore e Folha - J.R.R. Tolkien

Árvore e Folha - J.R.R. Tolkien

Editora: WMF Martins Fontes
Ano da Edição: 2013
Páginas: 112
Título Original: Tree and Leaf

Sinopse
Este volume inclui o ensaio Sobre Contos de Fadas e o conto Folha, de Migalha (Leaf by Niggle). Em seu ensaio Sobre contos de fadas, Tolkien discute a natureza dos contos de fadas e da fantasia e resgata o gênero que alguns pretenderam relegar à literatura infantil. Isso é ilustrado de maneira hábil e refinada por Folha, de Migalha, conto fascinante que narra a história do artista, Migalha (Niggle), que "precisa fazer uma longa viagem", e é visto como uma alegoria à vida de Tolkien. Escritas na época em que O Senhor dos Anéis estava tomando forma, essas duas obras mostram a maestria de Tolkien e sua compreensão da arte de subcriação, ou seja, o poder de dar à fantasia a "consistência da realidade".



Resenha

Depois de tanto tempo só comprando livros de Tolkien, este ano pretendo lê-los. Este livro é um pouco diferente dos outros que havia lido do autor, pois a maior parte dele não é uma história, mas um ensaio sobre contos de fadas. No final, há o conto "Folha, de Migalha".

Eu gostei do livro, mas digo logo que não é uma leitura indicada para todos. Como a maior parte do livro é o ensaio "Sobre Contos de Fadas", ele só é mais interessante para quem estuda literatura ou quem, como eu, tem um interesse por literatura, além de somente ler histórias. Neste ensaio, Tolkien fala sobre o que são contos de fadas, suas origens e como eles acabaram, erroneamente, sendo percebidos como literatura para crianças.

"[...] adultos devem ler contos de fadas como um ramo natural da literatura - nem brincando de ser crianças, nem fingindo que estão escolhendo para crianças, nem sendo meninos que não querem crescer [...]" p.44

Ao ler a passagem acima, já me senti melhor por gostar tanto de livros de contos de fadas e já tenho minha desculpa =D. Quem sou eu para ir contra Tolkien? Se ele diz que adultos podem (e devem) ler contos de fadas sem serem infantilizados, então está dito e seguirei lendo-os.

Já o conto "Folha, de Migalha" fala de Migalha, um pintor (mas não tão bom) cuja maior habilidade era pintar folhas. Ele tem uma inspiração e decide pintar uma árvore, mas conforme o quadro vai crescendo, aumenta também a irritação de Migalha com as "interrupções" feitas por seu vizinho e por outros. Fica especialmente irritado quando as pessoas comentam sobre a "viagem" que ele tem que fazer e para a qual não está se preparando. É um conto com um elemento fantástico bem interessante e cujo final foi bastante satisfatório.

Resumindo, eu gostei do ensaio, pois aprendi mais sobre contos de fadas com um dos meus autores favoritos. Também gostei do conto, onde Tolkien dá mais provas de sua imensa criatividade.


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