segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Vitória - Joseph Conrad

Vitória - Joseph Conrad

Editora: Dublinense (edição para TAG livros)
Ano da Edição: 2016
Páginas: 400
Título Original: Victory

Sinopse
Vitória foi finalizado em maio de 1914, mas publicado apenas no ano seguinte, já em meio à Primeira Guerra Mundial. O livro traz temas recorrentes na obra de Conrad, como a solidão, a inconformidade com o mundo, o conflito entre o mal e a esperança. Seu protagonista, Axel Heyst, instala-se em uma ilha no sul asiático, em total isolamento, após um fracasso comercial que não abala sua aceitação resignada do destino. Mas a aparição de uma jovem musicista desperta nele um instinto de proteção que o levará a uma crise de identidade e, mais tarde, ao enfrentamento de grandes perigos.


Resenha

Este foi o livro da TAG do mês de novembro e foi uma edição exclusiva para os associados. Devo dizer que fiquei bastante satisfeita com isso e achei que, ao contrário do mês de outubro, a caixa de novembro realmente valeu o investimento. A edição é muito bem feita, com capa dura, folhas amareladas e fonte em um tamanho confortável. Fora a imagem da capa e os desenhos nas divisões entre as partes do livro que são lindos (As fotos do que veio na caixa estão no final do post).

Confesso que minha vontade para ler o livro foi baseada mais na beleza da edição do que na sinopse da história (quem nunca?), mas não me desapontei com o conteúdo. O estilo do autor, ou pelo menos deste livro em particular, é diferente do que estou acostumada a ler. Ele descreve bem o caráter, a parte mais psicológica, dos personagens para você entender as motivações de suas ações.

Portanto, o ritmo de leitura é mais lento em algumas partes por conta desse cuidado em detalhar o psicológico de cada personagem. E isso acabou me irritando algumas vezes porque achei que ficou um pouco repetitivo, a todo instante ele ficava lembrando que Heyst tinha se isolado do mundo, que ele não queria criar laços e tal.

Porém, a história também tem ação e mistério, então estão intercalados períodos de leitura mais lenta com outros em um ritmo mais acelerado. A parte onde descobrimos como Heyst conheceu Lena e fugiu com ela é bem interessante. Vamos pegando a história junto com o Davidson a partir de relatos de diferentes pessoas.

No geral, é uma história muito boa, eu só não consegui me importar muito com Heyst, acho que por conta desse desapego dele com o mundo, o leitor também não se apega a ele. Eu estava mais interessada na Lena, que é uma personagem que vai crescendo do meio para o final do livro. E a senhora Schomberg também surpreendeu.



p.s.: Ao invés de fazer um post só para mostrar o que veio na caixa da TAG, vou mostrar aqui mesmo no post da resenha. O brinde do mês de novembro foi um postal com uma mensagem da TAG e cuja imagem é a mesma da capa do livro. Veio também a revista, que é um bom incentivo à leitura do livro, e o marcador veio combinando com a capa do livro desta vez, não com a capa da revista como geralmente é.


2 comentários:

  1. O livro é excepcional. Eu nunca tinha lido Conrad, nem mesmo Coração das Trevas, seu livro mais popular, embora consiga vislumbrar ecos de sua estrutura narrativa no filme Apocalipse Now que é baseado neste coração das trevas. Conrad nos pega pelos personagens. Adoro personagens que são devassados na narrativa em profundidade de seus sentimentos, desejos motivações, lutas, desesperos, desapegos, paixões e abandonos. São esses os livros que me interessam.

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  2. Estou lendo Vitória neste momento e não consigo largar!

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